sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Agir Profano

Pornografia. A força motriz da internet. A força motriz do mundo. Na verdade, são três as forças. A putaria, o medo e a preguiça, sendo que a última age como o atrito, evitando qualquer tipo de movimento.

Isso é facilmente observável na sua vida cotidiana, especialmente se você for homem. Você só trabalha, ganha dinheiro, compra um carro legal e roupas bacanas para conseguir ser melhor visto pelas mulheres, conseguindo putaria de modo mais prático e rápido. A frase "se um homem pudesse trepar em uma caixa de papelão ele jamais compraria uma casa"(1), que eu teria como slogan da minha imobiliária, é bastante verdadeira. Não que não seja possível engajar-se em intercursos sexuais em um caixote, mas certamente é mais difícil que em uma casa com uma cama. Especialmente se seu parceiro(a) não for de borracha. Quer dizer... na maioria dos casos é mais difícil. Em alguns pode até ser mais fácil, e eu não sei se isso é porque tem gente muito louca no mundo ou se o mundo é que é muito louco e os normais se sentem mais inclinados a proceder com os rituais procriativos em recipientes recicláveis. É bem verdade que, dependendo do grau de idiotice do casal, as informações "frágil"(2), "este lado para cima"(3) e "14" cable ready"(4) podem vir a calhar.

A outra grande força que move nosso comportamento é o medo. Pra ser mais preciso, medo de perder acesso à putaria, o que já nos aproxima de uma teoria comportamental do tudo. Chupa, Stephen Hawking. Seguinte: a gente tem medo de perder status, bens, posição social, amigos etc. porque são nossos passaportes para a putaria. O presidente da Nike come mais tailandesas que o vice-presidente, por exemplo. Ou talvez não coma, mas, se quiser, sabe que pode. Da mesma forma que o maitre de um restaurante come mais menininhas que o garçom. Que o caixa da loja de conveniência come mais baianinhas que o frentista do posto. Que o pai de família come mais as filhas que o irmão mais velho delas. E talvez coma o irmão mais velho também, só de sacanagem. Procedimento que, aliás, deve ser retroativamente aplicado aos exemplos anteriores. E é por essas e outras que, na escala social, o presidente da república sempre vai desejar ser um cantor de pagode ou jogador de futebol.

Não fosse por isso, ficaríamos parados e mofaríamos. Veja os bois, por exemplo. Não comem ninguém. Sabem que não vão comer ninguém. Então tiram o dia pra comer capim. Nem medo eles chegam a sentir, já que não têm bolas, mesmo. De onde se deduz que há dois caminhos para a felicidade: uma sociedade hippie, igualitária, em que ninguém é de ninguém e todo mundo tem direito legalmente garantido de foder com quem quiser e quando quiser (salvo o período de sono, senão vira putaria). Ou cortar fora as bolas. Mas isso deve ser feito logo quando a criança nascer ou, se possível, até antes, porque com o tempo os seres humanos rapidamente criam bolas-reserva, psicológicas, e aí já cagou o esquema todo. Parece a saída mais fácil, até, por dois motivos: na sociedade perfeita que eu descrevi ninguém ia querer trabalhar, só trepar, já que é fácil. Só pararíamos para comer (comida, mesmo), e puramente por medo de, se não comermos, morrermos e não podermos mais foder-nos. E é lógico que as mulheres mais atraentemente tesudas seriam mais disputadas e teriam muitos pretendentes/dia, uma demanda que não pode ser atendida por limitações temporais. Existe a idéia de um tipo de caixa rápido para ejaculadores precoces, mas nem isso evitaria a selvageria. Por medo de não poder comer quem quer quando quer pelo excesso de contingente, mata-se a maior parte do contingente. Complexo esse negócio de montar sociedades.

A escada rolante, assim, é uma das melhores invenções do mundo. Ela dá asas à nossa preguiça, para que possamos não voar com elas, apenas ficarmos parados enquanto a escada nos eleva. De modo justo o cara que a inventou deve ter comido várias. Posso parecer machista, aliás, com essa tese toda, mas a maior prova de que essa tese é verdade é o fato de os grandes inventores, diretores de empresa etc. serem homens. As mulheres não precisam trabalhar por porra nenhuma (literal e metaforicamente), os homens trabalham por elas (de novo, literal e metaforicamente, a menos que você pense que eu ainda estou falando das porras - é das mulheres, preste atenção*). O feminismo, então seria a natural decadência da sociedade. As mulheres não enxergam esse quadro geral, os homens também não e pronto, fim da civilização ocidental porque um monte de vagabundas burras (e burros, também, lógico, não sou sexista) começou a confundir as coisas. Ei, normal. Aliás, voltando à escada rolante, aí tem também o motivo do cara que inventou o elevador ter comido mais bundinhas - a idéia é a mesma, mas o elevador leva menos gente em viagens fixas, tem demora, atrasos, manutenção mais complicada e maior risco de acidentes. Então por que faz mais sucesso? Porque não se pode dar uma rapidinha na escada rolante. Não sem ser mal visto, lógico. Eu falaria do elevador panorâmico, mas seria complexo. Escada rolante e elevador tradicionais são física clássica, o panorâmico é quântica. Talvez eu tivesse que demonstrar a maior sexualidade dele por equações, o que além de ser estafante e ir contra a minha preguiça, me faria parecer nerd e nerds comem menos gente. Então eu tenho medo.

E eu já me alonguei demais nesse tema. Na realidade ele merece muito mais espaço, porque as pessoas ainda têm aquelas imagens estúpidas de Ego, Superego, Id e um monte de besteiras que, na verdade, são basicamente a mesma teoria. Freud mascarou só pra não ser chamado de putanheiro e poder comer aquela gostosinha da livraria. A idéia não era nem falar disso, era prosseguir com a minha tentativa de arrebanhar visitas e sucesso. Eu estou tentando! Tive essa idéia depois de ver o que acontce quando se procura por músicas de Wet Wet Wet na internet. Ou Buddy Guy, surpreendentemente. Que é algo que as gravadoras ainda não descobriram. Se todas as bandas se chamassem "Penis", "Golden Shower" ou "Pussy" e tivessem músicas como "Hardcore XXX", "16yo Boy" ou "Dildo Humping", nenhum ser deste mundo conseguiria achar uma música sequer nos programas peer-to-peer como Kazaa ou eMule em meio a tanta putaria que viria nos resultados. Nada supera o poder da putaria, e essa foi a razão de eu ter perdido meu tempo e explicado para vocês como a coisa funciona. Não que eu não pudesse só ter citado "número dois: se tirassem pornografia na internet só sobraria um site: tragam de volta a pornografia"(5), mas achei melhor fazer uma análise mais detalhada para os mais bobinhos. Porque só os mais bobinhos precisam de grandes explicações, os espertos resumem as coisas. Por isso as universidades só trabalham com material bastante extenso e pedem muitas páginas de produção. Mas esse é outro tema. Agora eu vou tornar meu blog famoso no parágrafo seguinte. Não precisam ler, não tem nada de excepcional. Nem muito lógico.

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*por motivos óbvios eu não quis dizer "falo das mulheres". Já estou confundindo demais os leitores babacas e, assim, nunca vou fazer sucesso.

1 - www.intellectualwhores.com
2 - caixa
3 - mesma caixa
4 - outra caixa
5 - Scrubs

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Gema, Satanás Gordo

Gosto de anagramas. Quase tanto quanto gosto de palavras cruzadas, criptogramas e qualquer coisa que venha num Coquetel. Digo isso logo de cara para justificar o nome babaca do blog e, a menos que eu mude de idéia, os títulos das postagens. Lógico que eu sou daquele tipo que só faz os mais fáceis e depois de cinco minutos abandona a brincadeira para fazer algo mais divertido, tipo enfiar o dedo no nariz (um passatempo, aliás, injustiçado e subestimado), então eu ignoro todo o romance envolvido em criar anagramas e toda aquela mágica de penetrar surdamente no mundo das letras e uso isto aqui. Muito divertido se você for o tipo de idiota que acha muito legal saber que "Shiny Happy People" é um anagrama de "Sloppy Epiphany, Eh?". Outras coisas legais são "Great Wisdom" e "Writes Dogma", por exemplo. Eu, particularmente, me sinto tentado a fundamentar monografias com base em anagramas. A fazer um blog sobre anagramas. A dar um tiro na cabeça, também, porque quando você se diverte muito com uma droga de ferramenta dessas é porque tem alguma coisa muto errada com a sua cabeça. E eu me divirto bastante. A propósito, anagramas em Inglês são infinitamente mais fáceis de serem formados que em Português. Uma maior gama de palavras menores, possivelmente. Consoantes duplicadas. Mais letras no alfabeto. E um defeito na porcaria do programa que confunde uma vogal acentuada com uma consoante. Levei muito tempo pra ver que "Hsquei" era "Hóquei" e "Avt" era "Avô", não algum tipo de acidente vascular transgênico.

E eu realmente gostaria de perpassar toda a problemática do post inaugural clichê que se esforça para inferiorizar o blog, dizendo que ele não tem um assunto legal, que provavelmente não terá leitores etc. na esperança de que alguém realmente leia aquilo e fique sensibilizado pela modéstia ou, caso ninguém leia, como já é de se esperar, dado o enorme número de blogs sem substância, tal qual este que vos é lido por*, já haja uma explicação prévia, o que aparentemente exime as pessoas do fracasso pela alegação de falta de uma tentativa empenhada. Frase grande. Confusa. Legal. Gosto de frases grandes. Não tanto das confusas.

Toot, aliás, para os ignorantes (mais ou menos como eu, há seis ou sete minutos), é um bando de coisas. Todas servem para o título, especialmente porque se trata de um "título de arte", que é, em teoria, altamente aberto a interpretações, sendo a do autor por vezes de difícil compreensão. Na prática, todo mundo sabe que quer dizer que é uma merda. Pelo tom previsto das mensagens, qualquer um dos significados a seguir serve, embora eu só tenha considerado dois, inicialmente:

1. A blast, as of a horn.
2. Slang A drinking binge.
3. Slang Cocaine, especially a small amount snorted at one time.
4. To bounce your butt up and down during sexual intercourse.
5. Slang Fart.

De certos pontos de vista, os que eu não cogitei se encaixam melhor. Agora eu quero que meu blog seja um sucesso mundial só por isso. Pronto, sem a desculpa: se este blog não for um sucesso, mesmo com um título tão inacreditavelmente legal, eu sou um fracasso como ser humano. Se eu estou apostando meu senso de humanidade na popularização de um anagrama gerado por um programa safado, é claro que eu já sou um fracasso, mas a experiência vale por ser algo como ver um filme que você já viu muitas vezes quando pequeno, na Sessão da Tarde. Meio nostálgico, sabe? Por mais que você saiba como vai terminar. Aliás, exemplo bom, porque quando você se pega vendo um filme que já viu muitas vezes quando pequeno, na Sessão da Tarde, também percebe o fracasso que é. Especialmente se for um filme com macacos.

*não enche