sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O General Meteu

Eu geralmente não colocaria aqui alguma porcaria ruim que não fosse escrita por mim. E nunca colocaria aqui algo legal, também, por dois motivos. a) Porque provavelmente não seria meu e b) algo que eu li por aí e achei divertido umas setecentas pessoas devem ter lido e achado divertido. Como nem todo mundo é tão consciente quanto eu, cada uma dessas pessoas vai enviar um e-mail para mais setecentas pessoas, o que dá um total de uns 480000 e-mails com o texto circulando por aí. Sendo mais ou menos metade assinada pelo Veríssimo e a outra dividida entre Washington Olivetto, Bill Gates, ministro francês sem nome e talvez até a Lassie. Os 10000 restantes são versões em Power Point com a foto de um velhinho ou um cachorro e musiquinha triste. Talvez tenha a foto do velhinho e a do cachorro. Talvez ambos numa mesma foto. E se foi algo que eu achei legal, provavelmente eles estejam fazendo sacanagem. Seria muito bacana se tivesse a foto do cachorro, do velhinho, depois deles brincando e então deles trepando. Juntos, eu quis dizer. Senão vira só pornografia barata. E um com o outro, aliás. Melhor especificar antes que a imaginação das pessoas fuja ao controle e cause estragos.

Coisas legais para se mandar na intranet do asilo à parte, eu mencionava um texto muito especial. Está comigo há muito tempo e já é hora de dividí-lo. Duvido que você consiga lê-lo do começo ao fim enquanto come o seu cachorro. Esquece o cachorro, duvido que você consiga lê-lo do começo ao fim. Ah, talvez eu nem precise dizer, mas isso foi escrito por um cara chamado Guilherme. Só não sei se foi antes ou depois de lançarem GTA3. Caso tenha sido antes, ele é na realidade um visionário e podia ser rico hoje se tivesse vendido a idéa. Caso tenha sido depois, é só um fedelho que devia jogar menos videogame e... hã... ver mais TV? Puxa, só tem essas duas opções. O governo devia investir mais em entretenimento.

"A melhor de todas as minhas histórias... melhor que até mesmo... TERROR MACABRO, MORTE SÚBITA OU PERSEGUIÇÃO...

Eu tinha acabado de jogar Driver 2, para PSX. Olhei para a janela e vi 2 caras chantageando um menino. Fiquei prestando atenção e estranhei muito.
Como eu morava no 4º andar, a vista de lá de baixo ainda era bem fácil de ser vista. Saí do meu quarto. Fui para a sala. Calcei um chinelo e saí de casa.
Desci as escadas rapidamente. Eu sabia que tinha coisa ali no que eu vi. Eu estava desarmado e eles eram 2. Mas resolvi arriscar.
Quando terminei de descer as escadas, saí do saguão dos elevadores e andei até os caras. Eu falei:
-Ae, bando de idiotas... pq não vem socar o cara aqui ao invés do menino? Briguem com alguém do seu tamanho!
Os caras tiveram um ataque de riso. Um deles, se contorcendo (o de boné, autor da chantagem com o menino), falou:
-Vc tomaria um cacete da gente se eu e meu “amiguinho” aqui te encarássemos... vai pra casa voltar pra mamãe, vai... dá mais risadas
Explodi em fúria quando ele disse isso. Dei um chute na cara dele e outro no amigo dele, e daí eles se enfezaram e o outro cara disse:
-Vamos quebrar ele.
-Vc mexeu com a gente, agora vai morrer...
O cara sacou um canivete. O outro estava desarmado. Eram 2 contra 1, e um armado. Que roubada fui me meter! Mas, mesmo assim...
Soquei o outro cara e dei um chute que desarmou o de boné. Meu chinelo balançou mas não saiu do meu pé.
O outro cara estava tonto. Aproveitei e o desacordei com um chute no pescoço dele.
O de boné, nisso, conseguiu me atingir, dando socos e chutes em mim.
Fiquei um pouco tonto, mas consegui me recuperar antes do próximo golpe e torci o braço dele. Resultado: Usei toda minha força e quebrei o braço dele.
-Vc vai ver, cara!!
Ele estava bem ferido. Seu companheiro estava caído no chão. Eu estava menos machucado que ele, mas mesmo assim, meio dolorido com os golpes que ele deu.
O cara de boné conseguiu recuperar o canivete e me deu um golpe com o mesmo, que pegou de raspão meu braço esquerdo. Gritei de dor, mas dei um soco com o outro braço no pescoço dele, que o fez desacordar.
Eu estava ferido. Mas andei até a quarita e o faxineiro viu que eu estava ferido.
-Vc precisa tratar isso. Tome. Dá uma caixa de band-aid
-Só isso não basta, será que eu poderia desinfetar?
-Claro os produtos tão aí aponta para alguns produtos para machucados
Desinfetei o ferimento e colei um band-aid.
Andei um pouco e sentei no banco. Eu precisava sair do prédio e rumar para bem longe. Então pensei e o menino chantageado chegou até mim e disse:
-Ei, obrigado.
-Sem problema. Eu falei. Vá para casa agora.
O menino foi sem dizer nada. Andei até o banheiro dos faxineiros, no saguão.
Encontrei chaves. Peguei uma que talvez fosse de carro. Eu vi um Santana vermelho parado e pensei que a chave tivesse no banheiro dos faxineiros. E eu tinha acertado.
Andei um pouco até o portão do prédio. Ninguém abriu. Claro, a quarita estava vazia. Então, resolvi entrar na quarita novamente.
Lá dentro, abri o portão. Saí da quarita.
Vi que os caras estavam quase acordando. Eu precisava fugir. Peguei o canivete que estava no chão e corri até o portão. Ele estava aberto e eu saí do prédio. Fechei o portão. Abri a porta do Santana vermelho, que estava parado. Entrei no carro.
O faxineiro e quem estava por perto gritaram:
-Ei vc!!! Saia daí!!
Correram para o portão, que foi aberto novamente.
Girei a chave e o carro pegou de primeira. Tinha ½ tanque de combustível.
Engatei a primeira marcha e arranquei. Ninguém conseguiu me deter.
Andei mais um pouco e engatei a segunda. O sinal estava vermelho, então parei.
Eu estava só com minha roupa no corpo, meus bolsos só tinham um canivete, eu estava de chinelos e estava dirijindo um carro! E eu tinha 14 anos.
Tinha meio tanque de gasolina. Dava pra rodar bastante. Eu iria o quanto pudesse. Estava decidido. Eu pegaria a estrada e sairia da cidade.
O sinal abriu e eu engatei a primeira de novo. Acelerei um bocado e engatei a segunda. Eu tinha velocidade no sangue, digamos assim.
Peguei a rua e eu já estava na terceira marcha e a uns 70 km/h.
O velocímetro do Santana marcava 220 km/h. Mas eu sei que não ia até tudo aquilo.
Deparei com outro semáforo. Eu sabia que não era aquele o caminho para estrada.
O sinal abriu e acelerei de novo. Era emocionante.
Dei a volta no retorno e retornei a avenida. Eu cheguei a engatar a quarta marcha e atingir uns 85 km/h, mas tive que brecar bruscamente e reduzi as marchas e o carro parou novamente. É, muitos sinais pela cidade.
O sinal abriu e consegui retornar a avenida com sucesso. Subi o viaduto. Eu estava em terceira. Dei uma acelerada e a sorte de pegar o sinal verde. Virei e acelerei.
Eu andava nesse momento por outra avenida. Cheguei a 90 km/h e quase a quinta marcha, mas me deparei com um sinal vermelho e tive que parar.
O sinal abriu e eu engatei as marchas de novo. Estava em quarta. Eu não podia correr muito, tinha um radar de 70 km/h.
Fui andando com o carro normalmente, de acordo com o fluxo.
Após isso, tinha uma subida e um sinal. Estava verde.
Continuei andando na velocidade do radar e já em quarta. Reduzi a 60 km/h para virar a curva e em seguida comecei a acelerar mais. Eu estava quase na estrada.
A essa altura, eu já estava a 95 km/h e ia engatar a quinta quando tinha outro radar.
Reduzi para 70, a velocidade do radar mas engatei a quinta marcha, mesmo assim.
Após o longo trecho, virei umas pequenas curvas e peguei o caminho da Anhanguera. Segui adiante.
Entrei na estrada. Acelerei bem mais.
O velocímetro foi subindo. Eu estava já em quinta há tempos.
100, 110, 120... andei a 130 km/h.
Reduzi para 110 km/h. Não acelerei muito, pois precisava ter gasolina para rodar o máximo possível.
Como eu saí de casa por volta das 16:00 hrs, não demorou a anoitecer, por conta da própria época do ano.
55 minutos depois, eu já estava nas entradas de Rio Claro, mas resolvi prosseguir. Eu não pararia enquanto o carro ainda tivesse gasolina.
Eu estava sem dinheiro algum. Estava só com a roupa do corpo, chinelos, um canivete e o carro.
Passei reto pelas entradas e não entrei na cidade. Eram quase 17:00 hrs.
Rodei por mais 1 hora com o carro a 110 km/h... o sol já estava se pondo e eu tinha ligado a lanterna do carro.
O carro tinha um tape com toca fitas, antigo. Mas eu nem mexi nele.
Eu estava agora em São Pedro. Eram 18:00 hrs e eu não entrei na cidade. Eu tinha menos de ¼ de gasolina, agora. Se eu não tivesse economizado gasolina, o carro teria parado...
-Acho que chego até Brotas com essa gasolina... depois disso, não sei o que fazer.
Faltava algum tempo para Brotas, mas a gasolina já beirava a reserva.
-Não sei quanto é a reserva desse carro, mas eu vou andar até parar.
Demorei mais 40 min para chegar na área de Brotas. Eu queria seguir adiante mas não conseguiria rodar por mais tempo. Eu já estava com a gasolina na reserva há muitos quilômetros. Era de noite agora e 18:40 hrs.
Então, resolvi entrar na cidade.
Andei pelos primeiros quarteirões da cidade e o carro de repente parou.
Girei a chave várias vezes mas não pegava mais. Sim, acabou a gasolina.
Tirei a chave e joguei no banco. Desliguei a lanterna (eu não tinha ido para o farol ainda) e abri a porta do Santana. Saí do carro, mas antes travei o pino.
-É, fim da linha com este carro. Mas espere!

É o fim do primeiro Capítulo. Rodei com o Santana Vermelho modelo antigo até aqui, em Brotas. Era uma noite linda... mas... Segundo Capítulo...

13 de Agosto de 2002 - Brasil - Estado de SP - Brotas - Perto do Salto - um bairro

Vi uma casa com uma grade e um Fusca, com a chave no contato!
-Vou pular essa grade e pegar o carro...
Pulei a grade. Saquei o canivete e arrebentei com o vidro. Um estrondo grande se ouviu. Abri o Fusca vermelho também, entrei no carro e girei a chave.
Pegou na terceira vez. Engatei a ré e arrebentei a grade.
Girei o carro com direção para a rua. O bairro era bem iluminado. Liguei os faróis do Fusca, engatei a primeira marcha (o câmbio do Fusca tem 4 marchas apenas, lembrando antes) e arranquei.
Os moradores da casa viram eu saindo e entraram para dentro. Provavelmente chamariam a polícia local. Arranjei mais encrenca.
Mas com o Fusca, cheguei a 30 km/h e dei meia volta, após isso, acelerei até 40 km/h e engatei a segunda marcha.
O tanque do Fusca estava cheio. Que sorte! Eu demoraria 100 km até Barretos, o problema é que eu era de menor e não entra quem tem menos de 16 anos lá... eu estava burlando totalmente a lei... mas eu continuaria assim, eu gostava!
Eu estava com fome e frio. Mas mesmo assim, eu daria um jeito de parar em algum lugar, não importa qual fosse.
O velocímetro do Fusca marcava apenas até 140 km/h. Andava menos que o Santana. Eu estava nesse momento a 70 km/h e engatando a terceira.
Agora estava a 100 km/h e engatei a quarta. Aumentei a velocidade para 120 km/h e fui andando pela estrada, já um pouco escura.
Andei 50 km com o Fusca e encontrei um posto meia boca. Entrei nele. Reduzi todas as marchas, parei o carro, travei antes de sair e fechei a porta, com a chave. Peguei a chave e coloquei no bolso. Faltava mais 50 km pra Barretos. Eu iria roubar o posto. Saquei o canivete e fui logo rendendo as pessoas do lugar, uns caras mal encarados e com olhar de mandões.
-Calma moleque que vamos te matar rapidinho... Disse um dos caras.
Eles eram cerca de 15 a 20 pessoas, contra mim! Mas eu não estava desarmado.
-Tentem me pegar, idiotas! Eu falei.
Girei e feri 5 de uma vez com o canivete. Desacordei outros 5 com um chute mortal, dei um soco em outros 5 e nos últimos eu dei canivetadas mortais.
Todos caíram no chão. Peguei todo o dinheiro deles, muita comida e saí do lugar.
Saí da parte de dentro do posto. Entrei no Fusca, coloquei toda a comida enlatada no porta luvas, todo o dinheiro estava embaixo do freio de mão, bem preso e assim liguei o Fusca novamente. Pegou na segunda virada. Eu ouvi barulhos de viaturas bem longe. Engatei a ré com tudo, girei o Fusca mesmo, engatei a primeira rapidamente e arranquei. No fim do posto e retornando para a estrada, cheguei a 40 km/h e engatei a segunda. E é claro, liguei os faróis novamente.
Eram cerca de 19:15 hrs.
Eu pretendia cruzar o estado. Aumentei a velocidade para 75 km/h e engatei a terceira. Quando atingi 100 km/h, engatei a quarta.
A partir daí, acelerei a 130 km/h e não acelerei mais porque senti medo que o motor do Fusca, que ficava atrás, não agüentasse...
Rodei mais 50 km e fui beliscando a comida. Eu passei por Barretos, mas não entrei lá. Faltava pouco pra começar a festa do peão. Daqui a 2 dias.
Mas eu segui adiante. Faltava uma média de 150 km pra mim cruzar o estado de SP.
Eu tinha rodado 100 km com o Fusca, portanto tinha gasto 1/5 da gasolina. É, ainda dava pra muita coisa.
Agora era por volta de 19:25 hrs.
Rodei mais 150 km. Com o Fusca em ritmo praticamente total, vi a placa “Bem Vindo a Minas Gerais”.

Mas aqui encerra-se o segundo capítulo. Terceiro Capítulo agora...

13 de Agosto de 2002 - Brasil - Estado de MG

Eu já estava em Minas Gerais e isso era um bom sinal. Continuei como um furacão com o Fusca. Eu já tinha rodado cerca de 250 km/h com o carro, portanto agora tinha apenas ½ tanque no Fusca.
E era bem mais tarde. Era cerca de 20:35 hrs.
-Lorena mora em BH... Quero que ela me acompanhe na minha viagem... mas ainda faltam mais 250 km para BH... ah não, eu tenho só 250 km de gasolina... mas beleza. Eu dou um jeito quando chegar lá. Hmmm, vou comer mais.
Belisquei mais comida e depois guardei.
Continuei que nem doido pelo estado, a 130 km/h e em quarta no Fusca, claro.
Demorei cerca de 1 hora de 50 minutos para chegar até BH ou cerca de 250 km rodados. Demorou muito e agora eram cerca de 22:25 hrs. Estava hiper tarde. Eu teria de dormir na casa da Lorena.
De repente, numa avenida, vi uma garota familiar saindo do supermercado, em frente a um prédio. Como eu tenho a foto da Lorena, eu a reconheci na hora. Era ela.
Nesse mesmo momento, o Fusca perdeu muita velocidade e parou bem em frente ao prédio onde ela morava. A gasolina tinha acabado. Mantive os faróis ligados para chamar a atenção, saí do carro e andei até Lorena. Eu falei:
-Oi Lo!!!
-Quem é vc?
-Sou eu Lo, o Gui! Lembra da minha foto?
-Gui!!!
Eu e Lorena nos abraçamos e nos beijamos (no rosto, por enquanto...)
-Mas Gui como vc chegou até mim?
-É uma longa história Lo...
Contei tudo a Lorena do que eu fiz.
-Gui vc endoidou da cabeça é? Agora vc está em perigo!
-É... mas deixa eu desligar o farol do Fusca.
Após fazer isso, continuei a conversar.
-Preciso dormir na sua casa hoje, Lorena... Será que posso?
-Bom, esse carro aí a gente guarda na outra garagem da minha família e tudo o que tem nele vc leva pra casa e daí conversaremos pra ver se vc dormirá aqui.
-Certo Lo obrigado...
Abracei Lorena nesse momento.
-Ah Gui não há de quê...
Lorena me abraçou também e me beijou naquele momento.
Assim, Lorena e eu guardamos o carro empurrando ele, todas as coisas levamos para o apartamento onde ela morava. Mas aqui encerra-se o terceiro capítulo.
Quarto capítulo...

13 de Agosto de 2002 - Estado de MG - Belo Horizonte - um bairro - apto da Lo

Eram 22:40 hrs.
No apartamento de Lorena...
-Filha quem é esse garoto? Disse o pai da Lorena.
Lorena explicou tudo aos seus familiares.
-Mas esse garoto não dará problemas? Disse a mãe da Lorena.
-Não senhora, dormirei aqui apenas por esta noite. Eu falei.
-Então tudo bem. Mas só por hoje!! Disse o pai da Lorena, meio irritado.
-Calma amor... Disse a mãe de Lorena.
O pai de Lorena era como eu, estourado. Fiquei meio inseguro.
-Ah Gui relaxa meu pai é legal Lorena ri
Eu dormi no quarto de hóspedes. O apartamento era grande, tinha 4 quartos...
Assim, eu passei a noite na casa da Lorena.
Amanheceu. Como eu tinha ido dormir relativamente cedo, acordei cedo também, por volta das 7:00 hrs.
Enquanto tomávamos café da manhã eu falei:
-Vou precisar do carro de vcs ou o Fusca precisa ser reabastecido.
-Garoto vc é menor de idade, mas se quer continuar com essa loucura, tudo bem, abasteço seu carro e forneço tudo. Mas o carro meu e da minha família não! Explicou o pai da Lorena naquele momento.
Por volta das 9:00 hrs da manhã, tudo estava pronto.
O fusca tinha um saco de dormir no banco de trás, um cano enorme (para necessidades), muita comida no porta luvas e nos lugares que dá pra guardar coisas do carro, o tanque estava totalmente cheio de novo, tinha uma mala com roupas no porta malas, que ficava na frente e muito dinheiro embaixo do freio de mão. O tape foi tirado, mas dinheiro foi colocado no lugar.
-Queria que a Lorena fosse comigo. Eu falei.
-Não!! Vc vai sozinho!! Gritou o pai da Lorena.
-Gui é melhor que seja assim... Disse Lorena naquela hora.
Me despedi da Lorena com beijos no rosto e um aperto de mão pro resto da família, peguei o Fusca, que pegou de primeira, o tirei da garagem andando entre 10 e 20 km/h e depois disso, acelerei em direção para fora.
Acelerei até 40 km/h e engatei a segunda. Fiquei andando a 60 km/h pela cidade e saí dela uns 15 minutos depois, portanto agora eram 9:15 hrs.
Na estrada, cheguei a 80 km/h, engatei a terceira e cheguei a 100 km/h e engatei a quarta. Fiquei nisso mesmo, pois assim eu saberia o quanto andaria.
Fiquei rodando pela estrada umas 3 horas, e encontrei um posto.
-Vou parar lá para almoçar.
Quarto Capítulo encerrado... quinto iniciando...

14 de Agosto de 2002 - Brasil - Estado de MG - Posto Mineiro

Parei o Fusca lá no posto, peguei muito dinheiro, saí do carro, entrei no posto, sentei-me numa mesa e pedi o cardápio. Eram 12:15 hrs.
Decidi que comeria algo leve.
Quando a comida chegou, comi silenciosamente, sem incomodar ninguém e na minha. Quando terminei, pedi uma sobremesa leve e após saboreá-la, eu falei:
-A conta, por favor.
-São RS 100, garoto. Disse o garçom.
Paguei a conta numa boa e saí do restaurante.
Voltei ao Fusca. Entrei no carro, virei a chave, o carro pegou de primeira...
-Agora tem apenas 2/5 de gasolina... também, rodei 300 km...
Eu tinha rodado, pelo estado, 550 km... faltavam 200 km para mim cruzar o estado de MG e ir para o Mato Grosso... e assim, eu o fiz.
Rodei com o Fusca mais 200 km e cruzei o estado de MG. Agora eu estava no estado do Mato Grosso, que era maior que o de MG e tinha 1000 km de extensão.
Assim que entrei no estado, fiquei sem gasolina, mas parei em um posto, por sorte.
Abasteci o Fusca sozinho e paguei os 72 reais que são o tanque todo. (a gasolina é meio cara, sabe como é)
Arranquei com o Fusca para a estrada.
Mas agora acabou o quinto capítulo. Sexto iniciando...

14 de Agosto de 2002 - Estado de MT - estrada
Eram 14:15 hrs.
Eu andei com o Fusca a 100 km/h e em quarta marcha obviamente... rodei 500 km com o Fusca sem grandes novidades...
A gasolina do Fusca acabou de novo e eu tinha rodado por 5 horas seguidas.
Abasteci da mesma forma que antes e voltei para a estrada.
Agora eram 19:15 hrs e já estava escuro novamente.
Eu estava com os faróis do Fusca ligados (pois escureceu) e muito cansado, já que viajei o dia inteiro. Decidi que iria parar em algum posto seguro e dormir.
Parei em um posto que avistei e fui dormir.
Assim... amanheceu.
Eram 5 da manhã. Ainda estava escuro, mas eu estava renovado para continuar.
Eu estava morto de fome, então peguei um pouco de comida do Fusca mesmo e comi bastante, satisfazendo minha fome.
Após isso usei o buraco para as necessidades e depois disso liguei o Fusca e arranquei para a estrada novamente.
-É... vamos cruzar este estado... Eu falei do nada e entediado.
Acelerei como sempre e cruzei o estado do MT. Agora eu estava na região norte. Seria uma longa jornada até eu sair do Brasil.
Fui em direção ao Acre, que seriam apenas 400 km, para depois pegar a Transamazônica. Depois eu não sabia.
Fui mais rápido dessa vez, a 130 km/h. Passaram-se 3 horas e pouco e eu finalmente cheguei a Rio Branco, capital do Acre. Fim do capítulo. Próximo, rodando...

15 de Agosto - Brasil - Estado do Acre - Rio Branco

Eu tinha mais 100 km de gasolina ainda. Reduzi a velocidade e a marcha - eu andava agora a 60 km/h e engatei a terceira. Eram 8:30 hrs.
Resolvi ir até o posto, pois sabia que eu precisaria de mais gasolina.
Coloquei o dinheiro em cima da bomba e enchi o tanque.
Após isso, acelerei com direção a Transamazônica. Demorou apenas 50 km para chegar até lá, já que eu estava no atalho mais rápido.
Durante o trajeto eu fui a 100 km/h e em quarta marcha.

15 de Agosto - Brasil - Estado do Amazonas - Transamazônica

Eu havia gastado apenas 50 km dos 500 km que dava pra rodar com o tanque todo. A Transamazônica era grande, cerca de 250 km. No fim dela, eu encontraria a cidade de Manaus. Agora eram 9:00 hrs.
Mesmo assim, pisei fundo com meu Fusca! Fui a 130 km/h.
Andei os 250 km sem problemas... Assim, no fim da estrada, eram 12:30 hrs.
Eu estava achando aquilo um tédio.
Mas porque eu fui dizer aquilo. Ao entrar em Manaus, parei o Fusca e comi o almoço, já que eu tinha comida no carro. De repente, passa uma viatura da polícia, que pára bem na frente do Fusca. Saquei o canivete. O guarda chegou e eu o matei.
A viatura estava com a chave no contato! Eu me despediria do Fusca agora... por pura vontade. Ele estava com 200 km de gasolina ainda...
A viatura era um Corsa antigo.
Peguei o revólver do guarda também. Peguei todas as coisas do Fusca e passei para o Corsa. Travei o Corsa com o alarme e entrei no Fusca.
Girei a chave e ele ligou. Parecia ter se acostumado comigo.
-É, agora eu te abandonarei... mas não se preocupe. É só para não te pegarem, eu vou ter deixar em um lugar seguro...
Engatei a primeira e acelerei. Encontrei rapidamente um pequeno estacionamento e deixei o Fusca lá. Mas tirei a chave do contato e guardei ela no meu bolso.
-Não... ninguém vai te dirijir além de mim.
Travei o Fusca e o deixei lá. (um dos vidros estava quebrado e eu deixei em ponto morto o câmbio). Andei sem olhar para trás.
Após 5 min, cheguei até o Corsa. Destravei ele e entrei na então viatura da polícia.
-Acho que dirijindo um desses ninguém desconfiará de mim, já que os vidros são escuros... fecha os vidros
Girei a chave do Corsa. Pegou de primeira. O velocímetro marcava 200 km/h e o câmbio era 5 marchas.
A essa altura já eram 12:55 hrs.
-Aqui só tem ¼ de gasolina... que ótimo... vou abastecer.
Engatei a primeira e acelerei com o Corsa até 40 km/h. Engatei a segunda, andei a 50 km/h até chegar ao posto de gasolina.
Só de ver o Corsa, o frentista já abasteceu o carro.
Desci um pouco o vidro e coloquei o dinheiro em cima da bomba. Era a hora de eu partir e sair do país de uma vez por todas.
Engatei a primeira de novo, depois de um tempo a segunda e enfim saí de Manaus. Meu destino era sair do País, mas tive que voltar pela Transamazônica de novo, pois depois de Manaus era só mato... eu teria que pegar o Amapá, descobri isso através do mapa que tinha no Corsa.
Pela Transamazônica, engatei a terceira aos 60 km/h e em seguida a quarta aos 80 km/h, após isso acelerei mais e engatei a quinta aos 100 km/h.
Acelerei mais com o Corsa, que andava mais que o Fusca e talvez o mesmo que o Santana e cheguei a 140 km/h. Só não acelerei mais porque a terra da Transamazônica faria meu carro rodar acima disso.
Passei toda esta estrada de terra em 1 hora e meia, portanto agora eram 14:25 hrs.
O tanque do Corsa era maior e dava para rodar 550 km. Ainda sobraram 300 km de gasolina quando terminei de atravessar.
Agora meu destino era o Amapá. Não estava muito longe... apenas 200 km... quer dizer, estava bem longe ainda...
Eu não quis nem saber. Acelerei pela estrada. Mantive o ritmo e... fim do capítulo.

15 de Agosto de 2002 - Brasil - Entre os estados do AM e A - estrada

...acelerei ainda mais com o Corsa. Eu estava a 150 km/h agora.
-Vamos ver o quanto o Corsa pode andar... quero chegar logo ao Amapá.
Acelerei mais, feito um louco! Cheguei a 160, 165, 170 km/h... eu estava voando na estrada, simplesmente...
Quando atingi 170 km/h, vi o conta-giros no máximo. Se eu acelerasse mais, o motor explodiria.
-Este carro anda bastante... mas talvez o Santana andasse mais... sei lá...
Fui “voando” até o Amapá e rodei tudo em apenas 1 hora!!! Incrível!
Eu tinha apenas 1/5 de gasolina no tanque e agora eram 15:25 hrs.
-É, valeu a pena... estou no Amapá... preciso chegar a Macapá agora...
Macapá não ficava muito longe. Apenas a 50 km adiante.
É claro. Reduzi aquele velocidade para 130 km/h. Sendo assim...
Bom, demorei apenas 25 minutos para chegar a Macapá. E eram 15:50 hrs.
Eu tinha 50 km de gasolina agora, ou menos de 1/5... eu já estava na reserva.
-Bom, cheguei a Macapá. Onde será a fronteira? Mas antes eu vou abastecer.
Reduzi a velocidade bruscamente para 60 km/h e a marcha para a terceira.
Parei no posto mais próximo e foi como na última vez.
Agora que já tinha o tanque cheio novamente, resolvi ir para a fronteira. Mas eu falei, já andando com o carro novamente a 60 km/h e em terceira:
-O Duan mora aqui, mas eu jamais o encontraria... é melhor eu sair do Brasil logo, pois eu já tracei meu destino e ele será Nova York. E sem a Lorena... mas não posso fazer nada, preciso correr atrás dos meus ideais.
Acelerei mais o Corsa. Cheguei a bruscos 90 km/h e em quarta, quando avistei a fronteira e 3 carros na minha frente.
Reduzi a velocidade bruscamente e parei o carro. Agora era só esperar.
Após uns 5 min (agora eram 15:55 hrs), chegou minha vez de sair do Brasil.
-Desculpe, mas policiais não podem sair do país onde patrulham.
Abaixei o vidro, saquei o revólver 38 que eu tinha agora e dei um tiro no cara.
Ergui o vidro novamente, liguei a sirene para disfarçar e arranquei.

Aqui encerram - se os capítulos no Brasil... as viagens fora do país? Em breve, aguarde!!!"

Bom... eu preciso corrigir uma injustiça. Eu disse que um idoso fazendo amor com um canino seria bem legal de se enviar pela intranet do asilo. Verdade, até seria. Mas seria muito mais legal mandar uma daquelas tradicionais, que mostram o velho como um lixo babão (não que lixo babe - bom, até baba, mas velhos não babam chorume, embora o hálito deles possa ser... quer saber? Deixa assim, acabou ficando uma boa comparação) e depois ele sendo acolhido no seio da família, pelos filhos. Com um poeminha dizendo aquelas coisas que todo mundo já viu, tipo "não deixe seu melhor amigo às traças bla bla bla". Depois dos velhinhos acessarem, você podia fazer uma graninha vendendo Prozac. Ou amor. Mas se for vender amor vai ter que contabilizar os custos do Viagra.

P.S.: Percebem como ignorei completamente o texto, não fazendo nenhum comentário? É que me pareceu justo, dada a qualidade do romance, só passar batido por ele, mais ou menos a 65km/h e na terceira marcha.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Eu Ainda Sob Cu

Eu ainda busco um jeito de tratar os idiotas com eficiência. Quando era menor, tendia a ser pouco tolerante com eles e punha-me a tentar curá-los. Depois que notei serem muitos e muito teimosos, passei a tratá-los como crianças - bastava deixá-los brincando na caixinha de areia e ignorá-los em tudo que fizessem (não era exatamente assim que eu tratava crianças, mas não podia sair por aí surrando idiotas porque, diferindo dos fedelhinhos, eles vêm em todos os tamanhos e sempre em grandes números). Quando pensava estar livre da intervenção dos babacas, porém, um dos pestinhas dava um jeito de jogar areia em meus olhos e eu virava algo como o Van Damme no final de O Grande Dragão Branco.

Importante explicar que eu tenho perfeita noção de que sou um idiota. Acabei de mencionar um filme do Van Damme. Strike 1. Tenho um blog. 2. E a primeira sentença deste texto era "estou com o saco cheio de idiotas", o que me fez lembrar do filme Idiocracia e contemplar rituais auto-gratificantes como solução do problema. 3, certo? Alem disso, parece logico pque, se eu olho para o mundo e vejo uns cinco bilhoes de idiotas, os cinco bilhoes do mundo olham para mim e vêem um idiota. Simples reciprocidade. E eu ficaria muito infeliz se fosse diferente, porque quando idiotas admiram alguém, geralmente trata-se de um integrante da categoria.

Acho que a única diferença é que eu não sou um idiota sindicalizado. Não gosto nada do sindicato. Talvez porque um sindicato geralmente seja feito para dar representatividade a uma patota, sendo uma entidade que busca a força grupal para lidar com indivíduos (ou bandos) contra os quais um só dos integrantes não teria chances. E o grande problema é que, como so existem idiotas, nosso sindicato é feito para fazer frente a nada. E como é regido por idiotas, acaba fazendo frente a eles mesmos. E compreensível, ja que nao há mais nada a se peitar além de nós mesmos.

Um exemplo da funcionalidade do nosso sindicato ocorreu quando um idiota comeu um saquinho de amendoins e passou mal. Foi socorrido (sacanagem) e obrigaram um outro idiota, o produtor de amedoins, a deixar recomendado por escrito o não-consumo da embalagem que os continha. Se alguém chegou a considerar que gente que lê geralmente não come papel, não se manifestou. Mais um exemplo, já citado por outro idiota aparentemente não-sindicalizado, é o do menino que tomou umas drogas e pensou poder voar. Pulou da janela e morreu. O sindicato agiu em prol da proibição da substância, ignorando o fato de vários outros menos idiotas não terem pulado pela janela. Para não dizerem que eu sou um hippie drogado, o mesmo exemplo cabe a Duke Nukem e o atirador do cinema. (Rápida dúvida: nerd é pior ou melhor que hippie drogado, em termos de status?) Pode-se ver exemplos da atuação do sindicato em todos os lugares, desde faixas amarelas nas estações de metrô (trem vindo pelo trilho! dã!) à procedência de processos pessoais bizarros.

Vai ver eu sou só um romântico incurável por acreditar que a idiotice deva ser manifestada até a exaustão. Vai ver eu sou um delinqüente por achar que o mundo é um viveiro de idiotas num círculo vicioso, com os idiotas de primeira geração, os que a gente costuma ver por aí e já connhece bem, criando a necessidade da existência de idiotas de segunda geração, os que são igualmente idiotas e ainda metem o bedelho na idiotice dos outros. Isso vai desde o tio intrometido que fica te dizendo o que fazer com os seus vinte peixes ao governante que pega oito dos seus peixes, come três, te diz o que fazer com sete e enfia sua vara de pescar no seu rabo. Na realidade acho que sou um desses idiotas reclamões.

Bom, tanto faz. Vou sair pra pescar e rezar para pegar lambaris em vez de carpas.