segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sentimento Nada! Velha, Te Sujo.

Eu tenho lá meus tantos de inveja. Algo que a gente precisa confessar é a inveja, porque ela é bem menos nociva quando é confessa. Mesmo que só internamente, assim, pra nós mesmos. Até porque a confissão pessoal, que quase sempre se dá por garantida, é uma das mais raras que tem. Rara como diamante. Rara como criança que gosta de quiabo. Rara como talvez um galeto desossado escrevesse no MSN para comunicar o riso, caso ele não conhecesse direito as nuances da letra R e estivesse digitando num teclado no qual os acentos não estão corretamente configurados. Pensando bem, não precisaria o galeto estar desossado. Nem o teclado estar mal configurado. Existem pessoas e galetos que não são muito fãs de usar acentos, mesmo. Mas eu estava falando sobre outra coisa, e meio que me desvirtuei. Eu estava falando que crianças não gostam de quiabo. E ninguém pode culpar essas crianças, porque quiabo é um negócio seboso e asqueiroso, de gosto ruim e fama tão ruim quanto ou ainda pior. Mais ou menos como o Ronaldo. Aliás, quanto ao gosto eu não sei bem, né? É, é definitivamente muito puxado pro salgado, mas se é bom ou ruim depende do acompanhamento. Se bem que os acompanhamentos dele não tendem a ser muito bons, não, até porque o gosto dele é muito ruim nesse quesito. Quer dizer... quem é que sai por aí, pega vários travecos e leva pra casa? Abaixa a mão, pessoal, a pergunta foi só retórica. Não é que travecos não sejam legais. Eu até curto travecos. E decididamente acredito que seria bom ser casado com um traveco. Mas mais pra me ajudar com a mudança pós-nupcial que pras núpcias em si. Sabe como é: tudo tem suas vantagens. Aquela gostosona é meio inútil pra te ajudar a levar a cristaleira, mas um traveco caminhoreiro seria uma mão na roda. Especialmente se você gostar de fisting. Rara. Piada. A piada é uma fraqueza do seu humano, se você parar pra pensar, porque não tem graça a menos que te surpreenda. Meio que o contrário do sexo, embora eles sejam tão bons parceiros. Tanta piada envolve sexo e tantos atos de sexo são verdadeiras piadas, percebe? Isso contando os falhos e bem sucedidos. Quer dizer... bem sucedidos não são necessariamente os bem sucedidos, eu digo que são os completos, vá. Porque pode ser completo e não ser bem sucedido, se é que você me entende. Se você não me entende, aí é um problema, porque do jeito que eu fui explícito, acho que até as paredes me entenderiam. Certamente a que dá pra sala, pelo menos, pois já fizemos sexo “completo” várias vezes e em mais da metade delas a impressão que me dá é que ela não sentia prazer nenhum. E aí a coisa acaba sendo ruim, porque num jogo a dois, seja ele sexo, política ou Roletrando, é legal que todo mundo esteja em sintonia. No sexo, tem que estar bom pros dois. Na política, pode estar bom pros dois e ruim pra todo o resto da galera ou pode estar ruim pros dois, mas eles gostando de que esteja ruim porque da briga se tira sempre um prazerzinho. Se não fosse assim ninguém brigava. E, por último, é mais importante ainda a sintonia no Roletrando, porque senão você não vê merda nenhuma. Um pouco de BomBril pode ajudar a melhorar a sintonia. Experimenta ariar as panelas pra sua mulher, um dia, e ver se as coisas não melhoram entre vocês dois. A menos que vocês tenham uma faxineira/empregada/diarista. Se você não tem com que se preocupar na casa, também não tem como aliviar preocupações. O que é um tanto quanto preocupante, já que o ser humano vive do dinamismo mais que da estaticidade. Ou só percebe as coisas assim. Difícil dizer, é um bicho meio complicado. Altamente maníacos-depressivos, todos. Passam da alegria à raiva e de uma América à outra num segundo. Ambos, freqüentemente, por meio de aviões. É sempre legal entrar num avião pra viajar, e’sempre divertido. Mas a viagem em si é o nono círculo do inferno, e rolando aquele fisting do traveco, lá. O conforto, pelo menos, é pau a pau. Ok, na realidade osso da bacia a osso da bacia. Pau a pau costuma ser no ônibus. O que ainda é até melhor que o pau a face, pelo menos em termos de desconforto de viajantes. Se voltamos ao sexo, aí o pau a face... bom, deixa pra lá (não, nunca deixe pra lá uma oportunidade de pau a face; a menos que você seja homem e face e heterossexual).

Esta mensagem foi patrocinada pelo tráfico de entorpecentes.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Massacre: Mato Sede

Durante a história, homens já chamaram mulheres gostosas de diversas coisas. Violão pelo formato da cintura. Potranca pelas proporções avantajadas e capacidade de cavalgadura. Mignon pela carne macia e suculenta. E tantos outros substantivos adjetivacionais para exprimir a fodabilidade da mulher (ou, depois de umas caipirinhas, um ou outro traveco). Mas por que uma mulher gostosa, afinal, seria chamada de avião? É uma comparação antiqüíssima e eu nunca entendi. Certamente não é pelo peso, porque mulheres de mais de cem toneladas costumam estar fora dos nossos padrões de beleza e não tem campanha da Dove que vá discordar de mim. Pensei ser um modo de remeter* ao rótulo de "turbinada", mas esse faz referências a adições operatórias que não necessariamente estão presentes em todos os "aviões". Nem nos sem aspas, porque a expressão já era usada desde os tempos em que eu voava de Electra pela VASP, e eles não tinham turbinas (embora tivessem semicondutores siliconados, mas não acho que seja uma referência a eles). Então quais possibilidades sobram? Mulheres não voam. Ou só prostitutas não voam. Ou minha janela tem algum efeito inibidor na capacidade de vôo delas. Mas eu estou quase certo de que a hipótese correta é a primeira. Então o que é que sobra? O alto custo da passagem, talvez? Não, a passagem está barata e bastante financiada. Talvez custos de compra e manutenção? Aí é mais provável, até pelas leis de oferta e demanda. É mais difícil manter uma gostosa quando tem outro cara ali ao lado disposto a mantê-la melhor. Mas aviões não tendem a mudar de donos por livre e espontânea vontade, então isso também não dá muito certo. Vamos ver... é porque uma gostosa te leva às alturas? Tá, mas qualquer desdentada vítima de queimaduras também tem esse potencial, bastando uma vendinha caso você seja fresco. Aliás, nem precisa ser desdentada pra isso. Nem viva. Nem mulher. Mas vamos voltar à expressão. Talvez porque seja uma gostosa que leva vários caras às alturas? Difícil. Pode até ser, mas aí acho que seria mais pra prostitutas que pra gostosas. Não que esses conjuntos não sofram intersecção. Afinal mesmo o mais prolífico limpador amador de fossas, por exemplo, não limpa tantas fossas quanto um profissional de atividade mediana. A conclusão à qual eu chego sobre o assunto é, então, naturalmente, a mesma de Sócrates: “sei lá, velho, que se foda, aí”.

*hehehe