terça-feira, 16 de março de 2010

Salame Malvado Livra Psique

Embora o título sugira uma tese em defesa do estupro, eu vou deixar para publicá-la mais adiante (provavelmente no dia internacional do sexo-surpresa). Hoje o plano é derrubar a idéia "Uma imagem vale mais do que mil palavras. Mas tente dizer isso com uma imagem." como sendo algo impossível de se realizar. Infelizmente eu descobri que habilidade de desenho - ou pelo menos qualquer semblante de senso estético - seria uma ferramenta essencial para essa empreitada. E na arte, como no sexo, existem crianças de quatro anos tecnicamente melhores e de gostos mais refinados que o meu.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Foco: Pontos

Por acaso eu percebi que meu blog era um dos primeiros resultados do Google para "Edilurdes" (precisamos de mais Edilurdes no mundo, viu?). E não pude resistir a apertar o botão "translate this page" que aparecia ao lado do link. Dizem que as traduções do Google estão cada vez melhores. Para comparar, eu passei meu texto para o Inglês pelo Google e de volta para português pelo Altavista. Embora o resultado final tenha sido - eu tenho que admitir - um texto bem melhor, ainda não acho que o produto da tradução desses sites esteja bom. O resultado, na íntegra:

“Oh, macarrão do no. furado outra vez?
- É. Que é errado?
- Eu não gosto. É distressing.
“Como assim? É apenas como a massa normal. A mesma massa, o mesmo gosto.
- Sim, mas é horrível comer. Você suga e suga e não está qualquer coisa em sua boca. Mesmos que Fernando.
- Olá!? Fernando?
- É. Um indivíduo em meu trabalho para quem eu faço para o sopro às vezes.
- Como é? Você está enganando-se em mim com este Fernando?
- Somente às vezes. Como eu disse, eu não gosto.
- Merda, Edilurdes. E vem agora este Fernando?
- Que erro?
- É abuso! Eu pensei que eram somente Claudio, Bruno, Fred, Gusmao, Juninho, o Kléber, Renato, o Trancoso, pique, Shaul, Joana, Maurícia, Venancio, o Theodore e vigésimo sétimo batalhão o PM. E agora que mais amigos?
E-Nei, o Dadinho e Tobias.
Tobias-o? Merda santamente, Edilurdes! O Tobias?
- É. Que você tem de encontro a Tobias?
Nada. Eu amo Tobias. Eu penso que é até porque eu sou mais virado.
Virar-porque? Você igualmente tem seus escapades.
a Um-pornografia por o mês no quarto quando você me olhar, o fizer o divertimento e o criticar meu desempenho masturbatório é longe de ser um “escape”.
- Você tem as mesmas possibilidades. Eu apenas tenho mais sucesso do que você.
- Dum raio, Edilurdes, o mais mau é que você não escala sobre mim. Se você escalou, talvez nao necessário para circundar fodendo a vizinhança inteira.
- Renato é Aclimação e as vidas de Fred em Taboão, consideram?
- Deixe-o ser!
- Bom… seja. Eu não sei. O Saul e o Gusmão são mais maus do que você, mesmo então mim pensa que poderiam ter conservado. Após a tentativa pelo menos.
- Veja?
- Olhe, mas para ser honesto eu penso sou que uniforme ande com nossa união, ver?
- “Muito” Edilurdes. “Muitos”.
- No. Uniforme, mesmo porque eu estou sendo usado durante todo o batalhão PM. Hahaha. Caiu para isso, huh?
- Hahaha. Realmente. Ai, ai. Eu caí como um pato. Eu gosto de como você ainda me faz o riso.
- Yeah. Assim… eu tenho que nadar para sair porque hoje eu encontrarei Nei. Não espere acima.
- Nei? Estava já na lista?
- I.
- Toda para a direita. Mas não irá adicionar os nomes novos, huh? Bastante meus chifres hoje.
- Eu prometo, amo. Eu sou goin. E veja se você fechar acima esse cão que se mantem descascar.
- Deve estar com fome. Silêncio, Tobias! Papar vem, vem.

sábado, 6 de março de 2010

Foco: Amarradura

-Ah, não. Macarrão furado de novo?
-É. Qual o problema?
-Eu não gosto. É aflitivo.
-Como assim? É igual ao macarrão normal. Mesma massa, mesmo gosto.
-É, mas é horrível de comer. Você chupa, chupa e não vem nada na sua boca. Igual ao Fernando.
-Oi? Fernando?
-É. Um cara lá do meu trabalho pra quem eu faço uma chupetinha às vezes.
-Como é que é? Você está me traindo com esse Fernando?
-Só às vezes. Como eu disse, eu não gosto muito.
-Caralho, Edilurdes. E agora vem esse Fernando?
-Que é que tem?
-Já é abuso! Eu pensei que fossem só o Cláudio, o Bruno, o Fred, o Gusmão, o Juninho, o Kléber, o Renato, o Trancoso, o Lúcio, o Saulo, a Joana, o Maurício, o Venâncio, o Teodoro e o vigésimo sétimo batalhão da PM. E agora mais esse Fernando?
-E o Nei, o Dadinho e o Tobias.
-O Tobias? Puta merda, Edilurdes! O Tobias?
-É. O que é que você tem contra o Tobias?
-Nada. Eu adoro o Tobias. Acho que é até por isso que eu fico mais chateado.
-Chateado por quê? Você também tem suas escapadas.
-Um filme pornô por mês na sala, enquanto você me olha, tira sarro e critica minha performance masturbatória está longe de ser uma "escapada".
-Você tem as mesmas chances. Eu só tenho mais sucesso que você.
-Porra, Edilurdes, o pior é que você não trepa mais comigo. Se trepasse, talvez nem precisasse sair por aí fodendo o bairro todo.
-Renato é da Aclimação e Fred mora no Taboão, viu?
-Que seja!
-Bom... pode ser. Sei lá. O Saulo e o Gusmão são piores que você, até, então essas eu acho que poderia ter poupado. Depois de experimentar, pelo menos.
-Viu?
-Olha, mas pra falar a verdade eu acho é que ando farda com o nosso casamento, viu?
-"Farta", Edilurdes. "Farta".
-Não. Farda, mesmo, porque tô sendo usada por todo o batalhão da PM. Hahaha. Caiu nessa, hein?
-Hahaha. É mesmo. Ai, ai. Caí feito um patinho. Gosto de como você ainda me faz rir.
-Pois é. Então... eu tenho que tomar banho pra sair porque hoje eu vou me encontrar com o Nei. Não me espere acordado.
-Nei? Ele já estava na lista?
-Já.
-Tudo bem. Mas não vai sair adicionando nomes novos, hein? Já chega meus chifres atuais.
-Prometo, amor. Tô indo. E vê se cala a boca desse cachorro que não pára de latir.
-Ele deve estar com fome. Quieto, Tobias! Vem papar, vem.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Foco Definido: Eu

-Sabe o que mais? Outro dia eu estava com os meus amigos e ela me puxou de lado e começou a gritar.
-Hum... estranho.
-Mas agora é sempre assim, viu, doutor? No começo, há uns anos atrás, era tudo tão bom...
-É, deteriora, né? É normal. Olha, eu acho melhor você vir aqui com ela pra eu dar uma olhada.
-Vou tentar, doutor, mas eu não sei se ela vai querer vir.
-Hum... é, aí é complicado. Não tem nada que eu possa fazer sem ela aqui contigo, eu acho.
-Pô, nem umas dicas, doutor? Eu estou desesperado. Acho que está acabando tudo.
-Calma. Não tem nada que não tenha conserto. Vamos ver... ela anda preguiçosa, às vezes te responde mal e às vezes nem te responde, fica especialmente ruim pela manhã... que mais?
-Me puxa de lado e grita nas horas mais inconvenientes.
-Olha... isso é muito estranho. Tem algum momento em que ela esteja dócil?
-Muito raramente, doutor. Talvez mais com os outros que comigo.
-Hum... tem outros envolvidos, é?
-Como assim?
-Tem outras pessoas que a... usam?
-Doutor, isso é pergunta que se faça? Eu fico ofendido... ah, olha... melhor ser sincero. Acho que sim.
-Acha? Não sabe?
-Tem razão. Eu sei que sim.
-Ei, não precisa chorar. Quer um lenço? Toma.
-Obrigado.
-Bom, aí complica mais. Porque a gente não sabe como ela interage com os outros nem como os outros a tratam, sabe?
-Outro, doutor. Calma lá. É só um. E o que é que eu posso fazer? Quer que eu traga ele aqui também?
-Seria bom. Mas você pode só perguntar como ela se comporta com ele.
-Hein?
-Seria bom eu saber. Pra te dizer o que fazer.
-E o que exatamente você quer que eu pergunte, porra?
-O normal. Se ela é xucra com ele também, o que ele dá pra ela beber etc.
-Quer que eu pergunte se eles vão pra cama e como ela se comporta lá, também?
-Claro que não. Isso seria uma pergunta bastante descabida.
-É... olha... desculpa se eu estou me excedendo.
-É normal. Essas coisas são assim. Quer que eu pegue um lenço pra você com menos graxa? Você está começando a parecer um índio.
-Não, deixa. Olha... eu só preciso saber o que fazer. Eu estou perdido.
-Tá. Deixa eu ver... que tipo de ferramentas você tem em casa?
-Ferramentas?
-É. Martelo? Serrinha de aço? Chave de roda?
-Meu deus! Você é maluco. Que tipo de conselheiro matrimonial de merda é você?
-Ah. Isso explica uma das minhas dúvidas. Eu não sou conselheiro matrimonial. Sou mecânico de motos.
-Mecânico? Ah... por isso o pano com graxa, as peças de motores penduradas e as motos estacionadas e desmontadas?
-É. Liga não, você não é o primeiro a fazer esse tipo de confusão.
-Poxa, foi mal. Mas também... por que um mecânico teria uma sala com um divã?
-Divã? Ah, tá. Isso responde minha outra dúvida. Isso não é um divã, é meu filho Jorge.
-Oi.
-Seu filho? Ah. É mesmo. Me desculpe, garoto. E por que diabos você está nu?
-Divãs não usam roupas.
-Jorge, fica quieto e vai se vestir até o moço ir embora.
-Bom... então, senhor, me perdoe por toda a confusão.
-Ei, tudo bem. Agora que estamos esclarecidos podemos continuar nossa conversa sem estranhamentos.
-Verdade. Então... eu posso matar minha mulher com um martelo, um cano de chuveiro, um castiçal ou uma corda. Qual seria melhor?
-Num... não sei. Deixa eu ver... como é que anda a saída de gases dela?