quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Apátrida Amoroso

Eu estava conversando sobre como a ânsia de falar com alguém, quando esse alguém é sabidamente desagradável, pode ser sintomática. Me foi relatado que poderia ser um sintoma do amor, e então eu, romântico que sou, me dispus a imaginar o agente patogênico dessa doença em específico. Poderia ser um vírus. O vírus do amor. O que me soou extremamente brega e deve ser o nome de um ou dois filmes e de vinte ou trinta músicas. Curiosamente, se pensarmos por outro lado, seguindo o mesmo raciocínio cansado e batido, ninguém nunca chegou a imaginar amor como fruto de uma doença parasitária. Então eu resolvi corrigir essa injustiça e apresento o projeto de pagode, ainda procurando por um ritmo, caso alguém queira contribuir:

O Parasita do Amor

Comi a carne da paixão (3x)
E a pipoquinha do prazer
O ovo no meu coração
Me enfartou por você

Pra te ter tá um sufoco
Eu te acho uma gata
E você me acha um porco
Mas meu amor é saginata

Eu tento me declarar
Mas, meu amor, eu gaguejo
Eu só quero te amar
Como um piolho-caranguejo

Ô meu amor, meu chamego (3x)
Vê se me dá algum sossego
Vem e faz um strip-tease
Que eu te mostro a elefantíase

Nota do autor: o piolho-caranguejo é também conhecido como piolho-do-púbis. Um nome bem mais legal porque te dá já a localização e deixaria mais clara a metáfora, mas que eu só conseguiria rimar com Anúbis, o que eu deixo para os Bangles.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu gosto quando você escreve músicas!