Talvez não seja segredo para ninguém que o objetivo do jogo da vida é esfregar os genitais. O modo clássico seria esfregar esses genitais nos genitais de um ser humano do sexo oposto, mas há inúmeras variantes desse ato. Aqui vai um rápido excerto do que parece ser um anúncio pessoal publicado neste endereço:
“Tenho 42 anos, 1.71 de altura e 68 kg, cabelo castanho e olhos azuis.
Eu procuro mulheres gordinhas o gordas, maduras (50 a 65). Eu adoro muleres gordas, maduras.
Eu quero que você se desvista lentamente e fique posando assim commo Deus te fez. Eu vou te beijar os pés – eu quero lamber teus pés, quero pasar a minha língua carinhosamente entre os teus dedos do PE – quero esfregar e meu penis na tua planta do pe. Despues eu delizo lentamente com a minha língua por todo o teu corpo lambendo cada milímetro do teu corpo delicioso. Vou lamber intensivamente as tuas barrigas de perna, as tuas coxas que me enlouquecem – quero acariciar, beijar e lamber as tuas nadegas, quero esfregar a minha cara na tua bunda – e quero lamber a tua bunda profundamente si tu gostas – quero beijar os teus seios, acariciar com as mãos e o meu penis – quero esfregar o meu penis entre os teus peitos – quero beijar todo e tudo outro vez”
Ok, isso deve gerar mais daquele tráfego de sempre para o blog. Vamos notar que em lugar nenhum do anúncio esse simpático gerolipófilo (que palavra linda para algo tão... não tão lindo assim mas que naturalmente não deve ser encarado com nenhum tipo de preconceito neste blog neoliberal) ele mencionou querer fazer o bom e velho sexo. Nada de genitália vs. genitália. É mais ou menos como um soldado da idade média ficar dando espadadas no muro do castelo em vez de invadir, mas tudo bem. Afinal cada soldadinho faz como quiser e às vezes a intenção não é tomar o castelo, é só quebrar a espada - ponto em que eu já me perdi na metáfora.
De qualquer forma, há variantes mais ou menos curiosas desse fenômeno, como a vagina artificial. É um conceito já bastante conhecido, eu imgaino, basicamente para o homem que quer ter um orgasmo mas não quer sujar as próprias mãos. É mais acessível que o aluguel de um capô de fusca e pode até ser feito em casa, de acordo com http://bobagento.com/tutorial-como-fazer-uma-vagina-artificial-caseira/. Eu transcreveria em detalhes o processo de montagem, mas sinto que as fotos ilustram melhor. Caso você esteja usando um navegador em modo texto, tipo DOS, então eu vou passar uma idéia do conceito - até porque você é um forte candidato a usuário do produto. Pense em uma embalagem de Toddy, duas esponjas Scotch Brite envoltas em sacos plásticos e voilá. Um design simples e dubitavelmente funcional que garante esse fingido uso do produto real*.
Pois bem. Eu não estou aqui a ser puritano - eu acho que as pessoas podem esfregar seus genitais onde quiserem. Aliás, se eu tivesse um brinquedo desses aqui, provavelente esta postagem não estivesse sendo digitada, mas eu estou me desviando do assunto. O raciocínio esquisito é que todo mundo quer esfregar seus genitais. Por que é mais fácil esfregar seus genitais em objetos (e é, por mais Don Juan ou Rita Furacão que você seja - pode testar agora mesmo no seu monitor pra ver como é fácil) que esfregá-los em outros genitais que querem ser esfregados? O objeto não tem vontades, então mesmo partindo do princípio de que esfregar os genitais em qualquer coisa é igual, você teria vontade x1. Ao passo que dois genitais teriam vontade x2, o que quer dizer que estatisticamente seria mais provável que genitais fossem esfregados uns nos outros, especialmente em áreas densamente povoadas.
É meio perverso que exista uma indústria de vaginas e pênis artificiais quando existem tantos pênis e vaginas buscando pênis e vaginas. Pênis e vaginas. Pênis e vaginas. Bilhões deles. Será que é culpa da nossa habilidade social tão ruim? Ou uma conspiração cuidadosamente criada pelos fabricantes de bolsas, sapatos, carros esportivos etc? Eu adoraria expandir esse raciocínio sobre o assunto, mas estava revisando o texto e agora preciso limpar o monitor, então fica para uma próxima. Se você gostou dos produtos, procure também pelas Real Dolls, a versão extrema, do (surpresa!) Japão.
*“Real” como em “de verdade”, não como em “da realeza”. Se bem que você pode simular a vagina da Elizabeth II com esponjas gastas e meio picotadas com uma tesoura. Esqueça os sacos plásticos e use o lado verde para mais realismo.
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