-Oi.
-Oi.
-Que lindo nome! Vamos tomar um café?
-Hein? Eu não te disse meu nome.
-Não? E qual é?
-Agora eu não vou dizer.
-Que coincidência! O meu é Justiniano. Vamos fazer sexo?
-Como assim coincidê... não, espera. É mais importante: eu nunca vou fazer sexo com você, seu nojento.
-Ah, todas dizem isso. E também “sai daqui, seu porco”, “tira essas patas de mim”, “eu vou gritar”, “não, por favor” e “é o segundo da direita pra esquerda, seu policial”, mas acabam todas voltando pros braços do papai aqui.
-Você já foi preso por isso que pode ser eufemisticamente descrito como paquera e não aprendeu nada?
-Aprendi a não ser o segundo da direita pra esquerda. Essa posição é amaldiçoada ou coisa assim. E muito mais, meu chuchu, que agora vou te ensinar. Eu sou praticamente a escola do amor.
-Então vou jubilar, porque teu tipo não me agrada.
-Olha, eu posso pelo menos elogiar você por alguns segundos, pra que você passe a projetar suas carências em mim e libere a periquita com mais facilidade?
-... você tem até meu ônibus passar ou algum policial entrar no meu campo de visão.
-É suficiente. Você é um pirulito.
-Pirulito?
-Bom... parece, por causa desse chapéu horrível.
-Ei, eu adoro meu chapéu.
-Também quer dizer que você é um doce.
-Eu sou, mesmo.
-E que eu quero te chupar todinha.
-Ah.
-Bom... todinha, não. Não se chupa o palito. O que quer dizer que eu quero te cupar por algum período depois te jogar fora. Com cuidado, porque o palito fica melecado depois, é nojento.
-Muito lisonjeiro você.
-E que você é dada como troco em padarias, ao valor máximo de cinco centavos. Eu só espero que você não seja um daqueles que vêm com chiclete dentro.
-Vou comprar uma caixa agora mesmo.
-Não, eu digo filhos.
-Filhos são chiclete?
-Quer metáfora melhor? Você está chupando seu pirulito numa boa e de repente sai dele algo pegajoso que no começo você acha doce, mas depois não vê a hora de cuspir.
-Então você cospe, depois de ter feito um estrago considerável e sugado toda a doçura, mas ainda assim aquela aberração, fruto de imposições da sociedade industrial à matéria-prima, vai durar mais que você nesta terra, entupindo bueiros e destruindo o planeta.
-Uau. Você é boa nisso. Eu sou infértil.
-Vamos nos casar!
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