segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Massacre: Mato Sede

Durante a história, homens já chamaram mulheres gostosas de diversas coisas. Violão pelo formato da cintura. Potranca pelas proporções avantajadas e capacidade de cavalgadura. Mignon pela carne macia e suculenta. E tantos outros substantivos adjetivacionais para exprimir a fodabilidade da mulher (ou, depois de umas caipirinhas, um ou outro traveco). Mas por que uma mulher gostosa, afinal, seria chamada de avião? É uma comparação antiqüíssima e eu nunca entendi. Certamente não é pelo peso, porque mulheres de mais de cem toneladas costumam estar fora dos nossos padrões de beleza e não tem campanha da Dove que vá discordar de mim. Pensei ser um modo de remeter* ao rótulo de "turbinada", mas esse faz referências a adições operatórias que não necessariamente estão presentes em todos os "aviões". Nem nos sem aspas, porque a expressão já era usada desde os tempos em que eu voava de Electra pela VASP, e eles não tinham turbinas (embora tivessem semicondutores siliconados, mas não acho que seja uma referência a eles). Então quais possibilidades sobram? Mulheres não voam. Ou só prostitutas não voam. Ou minha janela tem algum efeito inibidor na capacidade de vôo delas. Mas eu estou quase certo de que a hipótese correta é a primeira. Então o que é que sobra? O alto custo da passagem, talvez? Não, a passagem está barata e bastante financiada. Talvez custos de compra e manutenção? Aí é mais provável, até pelas leis de oferta e demanda. É mais difícil manter uma gostosa quando tem outro cara ali ao lado disposto a mantê-la melhor. Mas aviões não tendem a mudar de donos por livre e espontânea vontade, então isso também não dá muito certo. Vamos ver... é porque uma gostosa te leva às alturas? Tá, mas qualquer desdentada vítima de queimaduras também tem esse potencial, bastando uma vendinha caso você seja fresco. Aliás, nem precisa ser desdentada pra isso. Nem viva. Nem mulher. Mas vamos voltar à expressão. Talvez porque seja uma gostosa que leva vários caras às alturas? Difícil. Pode até ser, mas aí acho que seria mais pra prostitutas que pra gostosas. Não que esses conjuntos não sofram intersecção. Afinal mesmo o mais prolífico limpador amador de fossas, por exemplo, não limpa tantas fossas quanto um profissional de atividade mediana. A conclusão à qual eu chego sobre o assunto é, então, naturalmente, a mesma de Sócrates: “sei lá, velho, que se foda, aí”.

*hehehe

Um comentário:

Joaquim, O Padeiro disse...

Defenestrar prostitutas, que homem de visão!