quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Agir Fino: Pinto na Fralda

Eu sou a favor da pornografia infantil. Antes que consigam erguer as pedras mais pesadas, é importante eu diferenciar: eu disse que sou a favor das imagens/vídeos/CDs e K7s/desenhos/figurinhas autocolantes/pinturas rupestres/quadrinhos, não disse nada quanto aos atos pedófilos propriamente (mas não tenho nada contra eles também, afinal já sou "de maior", então não é problema meu e ninguém é qualificado pra opinar a respeito dos problemas dos outros).

Proibir um mané de bater punheta claramente não deve estar na lista de prioridades do governo, caso contrário bastaria passar uma lei que requisesse todo filme ou ensaio fotográfico ser protagonizado pela Hebe ou algo de similar apelo erótico (Walter Mercado, um bode, um soquete de tomada etc.) e fim do problema. A idéia é coibir a exploração das crianças para criação do conteúdo, já que elas não são consideradas aptas a tomar decisões sobre seus corpos e tudo mais.

Claro que aí não faz tanto sentido assim punir as pessoas pelo repasse, afinal o crime vitimado, mesmo, só ocorre na produção. Seria como fiscalizar leis trabalhistas mas permitir no mercado a entrada de produtos feitos sob condições sub-humanas (foda-se a reforma ortográfica! fight the power! yeah!) de labuta em paisecos. Você não sai por aí prendendo quem vende ou quem compra bugigangas chinesas (nem quando tecnicamente devia, no caso da 25 de Março). Nunca vi ninguém sair algemado depois de comprar um carro que poluísse mais do que o permitido - é a empresa, o produtor, quem deve arcar com os problemas da produção.

De certa forma, é algo como o contrário da droga. O problema principal dela está na exploração, pelo traficante, de um cliente bioquimicamente fidelizado e do que esse cliente faz quando está doidão. Crescer seu matinho ou moer seu pozinho não têm nenhum efeito imediatamente negativo à sociedade, então não deveriam ser punidos. O certo seria cada um crescer sua própria droga e ver meninas bolinadas pelos outros e ninguém ir preso.

Se alguém se der ao trabalho de aplicar testes de QI ou conhecimentos escolares primários às atrizes do rol pornográfico (ok, as que fazem parte dele à frente das câmeras ligadas), vão perceber que elas têm mais ou menos a mesma capacidade mental das crianças. Mas esse raciocínio provavelmente não está correto, porque o fato de elas estarem não só ganhando dinheiro por sexo - e com gente profissional e atraente, numa espécie de seleção inversa à das prostitutas - mostra que elas devem ser bem mais espertas que a maioria do pessoal que busca dinheiro pra ter sexo, preferivelmente com gente bonita, e não tem a idéia de juntar as coisas.

E tudo bem que pornografia infantil seja proibida porque se assume modos de criação perversos - mesmo que voce dê um docinho para a criança em troca das fotos. Mas e imagens gerontófilas? Pessoas muito idosas, especialmente se tiverem alzheimer, têm a mesma capacidade - se não menor - que crianças de consentirem quanto às suas participações em atos de forte índice putárico. E os filmes pornográficos com retardados, com comatosos, bêbados e convulsionantes, como ficam? Por que não têm leis restritivas? Hipocrisia! Hipocrisia!

Eu sigo sem nada contra a trindade drogas (em pó, pílulas, solução e em estado natural, desde que sem agrotóxicos), sexo (e todas as suas subdivisões mais ofensivas) e rock and roll (especialmente o satânico), desde que nada seja feito sem a permissão dos envolvidos. E boa sorte pra ter o consentimento de Satanás pra usar o nome dele nas músicas, porque ele é um cretino.

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