terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Jogada, Sr. Demo, É Ser Rapazinho

Tá dando um certo bafafá internacional esse tal de Welton Saldanha, cacique de um dos muitos lares do Senhor (a igreja Paz do Senhor Amado) banir o uso de USB pelos fiéis. Alega-se que é por conta de o símbolo da conexão ser a forma de um tridente. Sei não. Vamos a uma rápida comparação imagética.

Hum.... é, eu acredito. Tem toda a cara de um tridente projetado por alguém cuja cara andava cheia de cachaça. E, como todo mundo sabe, a bebida é coisa do demo, então faz sentido. Sem USB, eu presumo que os fiéis tenham que usar CDs ou DVDs, que lembram auréolas. Dá tudo certinho. Particularmente eu não sou contra esse tipo de proibição, desde que tenha alguma lógica interna. E, pra assegurar essa lógica, as pessoas também não podem usar Windows, já que ele vem com Internet Explorer. Também deve haver alguma restrição quanto às suas opções de chiclete. E nada de acessar nenhum site que esteja hospedado num servidor em BSD, hein, Deus os livre!

Francamente, eu não sei se é uma história real, mesmo. Busquei tantas fontes quanto me foi possível, a fim de encontrar uma referência à existência da igreja, nos quarenta segundos pelos quais me mantive interessado. Depois me dei conta de que não faz diferença se a notícia é real ou não. Basta que ela seja verossímil. Se tem nações/estados/nada travando guerras por um pedaço de terra na qual um cara (que, aliás, já morreu - discute-se se uma ou duas vezes) pode ter nascido ou não há dois mil anos, a proibição do uso de uma tecnologia informacional é o de menos. Eu esperaria guerra aos fabricantes e revendedores de equipamentos USB. Que eu não creio que vá existir, porque esse não é o tipo de coisa que escale. O tipo de coisa que pode escalar é uma lenda antiga popular que vai sendo mais e mais adotada e mais e mais adulterada. Um dia nós poderemos estar lutando pela terra onde nasceu Steve Jobs. Ou por conta de vários outros tipos de entidades mitológicas, como o minotauro, a esfinge, o Papai Noel, o GNU HURD. Aliás, nós já fazemos isso. Não há muito tempo teve eleição e eu ouvi várias pessoas brigando em nome de políticos honestos.

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